Aqui poderá ler excertos de textos e traduções da minha autoria e conhecer alguns dos clientes com que tenho trabalhado
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Excertos de livro de homenagem concebido para edição particular. Elementos identificadores omitidos para preservação da privacidade.
«Do promontório do presente, o passado perfila-se no horizonte do tempo como o ancoradouro remoto de onde partimos com destino certo. O destino do dia de hoje, tão sumamente alcançado quanto ele se nos apresenta.
A síntese do caminho trilhado omite, porém, os seus muitos lugares de passagem, mas igualmente os insuspeitos tesouros que, com gestos pequenos ou grandes, vamos colhendo dos outros e neles semeando.
Imune às tentativas de a sumariar, a vida jamais se revela por si só. Para lhe entender o sentido, é preciso seguir-lhe o curso. Para lhe seguir o curso, é preciso visitar o que no seu encalço floresceu.»
«Instalada no …, na zona industrial …, rodeada de campo e de outras indústrias, a … aparece ao viajante insuspeito como um anónimo complexo, todo linhas rectas e metal, onde o sol embate e se estilhaça nos dias de Verão, mas de cuja intensa vida interior pouco ou nada se adivinha de fora.
A coberto do seu exterior sem história aparente, porém, abriga-se um espaço de 2500 m2 no seio do qual, entre zona de produção e área comercial, diariamente confluem cerca de oitenta pessoas em torno de uma laboração praticamente ininterrupta.»
Excerto do artigo «Velando o Deus interior», sobre a obra Pensamentos para mim próprio», de Marco Aurélio. Publicado no blog «A Fantástica Livraria», de que sou co-autora.
«Vivemos numa época em que o tempo se encolhe ao mesmo ritmo frenético a que se desmultiplicam possibilidades e o sentido do relevante e do justo recua inexoravelmente para a sombra.
É para este tempo do muito, e paradoxalmente do escasso, que as palavras de Marco Aurélio se revelam um guião valioso.
Recordam-nos que num mundo em constante devir, onde nem ofensa nem glória serão, por fim, mais que poeira dispersa, a verdadeira tragédia da existência não é o seu fim, mas uma pessoa consentir na desonra da sua alma.
E dizem-nos que essa desonra não pode vir de fora. Que não são a crítica ou má conduta alheia, o infortúnio, ou sequer a morte, a derrotar o espírito humano, e sim o seu próprio empenho em se rebelar contra o que é, ou o desistir de devotar-se, em ideias, palavras e acções, à conduta recta, justa, corajosa, comedida e útil ao bem comum.
Tanto quanto o mundo ao nosso redor insiste em que esbanjemos atenção, Marco Aurélio impele-nos a olhar para dentro. A fundar aí a razão de ser de qualquer movimento.»
Excerto do artigo «Três dias em duas rodas». Publicado no meu blog «O mundo e uma mochila».
«Nas terras altas do centro, o coração do Vietname muda de ritmo. Um país tranquilo, todo arrozais verdes e fulgurantes, todo plantações de fruta, café, pimenta, todo montanhas e aldeias e céus intermináveis.
Poema incluído no meu livro de poesia «Ser humano é uma coisa pessoal». Saber mais sobre o livro aqui.
«TODOS OS LADOS
as pessoas vivem em todos os lados
mesmo nos lugares mais escuros
desses onde não vai ninguém
em muitos bairros das nossas cidades
baços como vidro sem dono
onde nada se vislumbra de fora
não é incomum a vida acantonada
num beco sem saída»
Excerto da obra «Pantaraxia – Uma Autobiografia», de Nubar Gulbenkian. Versão portuguesa: 2015 | Labirinto de Letras, Editores. Versão inglesa: 1965 | Hutchinson of London, actualmente Penguin Random House.
«Meu avô tinha um criado cuja única ocupação era preparar-lhe café mais ou menos de vinte em vinte minutos. Era bom no seu trabalho, mas dado à preguiça. Um dia, o meu avô bateu as palmas, não houve resposta e o kahveci, como era chamado, que deveria ter acorrido apressadamente com uma chávena de café acabado de fazer, foi encontrado a dormir.»
«My grandfather had a servant whose sole occupation was to make coffee for him every twenty minutes or so. He was good at his job but inclined to be lazy. One day, when my grandfather clapped his hands, there was no response, and the kahveci, as he was called, who should have rushed in with a cup of fresh cofee, was found sleeping.»
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